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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Ganhadores e perdedores da Cúpula de Havana

Finalizada a 2ª Reunião da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, a CELAC, pode-se afirmar que um dos grandes derrotados foi o governo dos Estados Unidos. Não apenas por sua ausência na reunião. Mas porque o encontro foi em Cuba, o que significou um revés instantâneo para Washington na sua tentativa de isolar a ilha do mundo.

A visita do próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, legitimando a reunião, suas conversas com Fidel e Raúl Castro e sua visita à Escola Latino-americana de Medicina (ELAM) foram parte de uma vitória política, diplomática (e também simbólica) da ilha.

“Cuba tem uma longa história de cooperação. Os médicos cubanos são os primeiros a chegar e os últimos a sair. Cuba pode ensinar ao mundo sobre o seu sistema de saúde, baseado nos cuidados primários, com importantes conquistas, como uma baixa mortalidade, uma maior esperança de vida e uma cobertura universal”, foi a contundente frase de Ban Ki Moon durante sua visita à ELAM, algo que, em geral, os grandes meios de comunicação do continente não divulgaram.

Na plenária geral de presidentes, Rafael Correa despertou a todos com sua crítica frontal à OEA. No auditório estava menos que seu secretário-geral, José María Insulza – que foi a Havana desprestigiado, assumindo uma derrota (ainda relativa) do organismo que dirige perpetrada pela própria CELAC.

“Para que serve a OEA se não é capaz de rechaçar o colonialismo britânico nas Ilhas Malvinas; se tem sua sede no país do criminoso bloqueio a Cuba?”, perguntou o presidente equatoriano, que também afirmou que “a única forma de se libertar do império do capital é a integração real dos países da região”.

A luta pela soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas foi um eixo transversal na quase totalidade das intervenções, inclusive na de Cristina Fernández de Kirchner, que denunciou a violação do Tratado do Tlatelolco – relativo à desnuclearização da América Latina – pela Grã-Bretanha, através de submarinos nucleares no Atlântico Sul.

O combate à pobreza e à desigualdade foi outro tópico trabalhado pela maioria dos Chefes de Estado, em uma América Latina e Caribe com cerca de 50 milhões de pobres.

Saiba Mais: Unisinos


Comentário do Senhor C.:

- E, provavelmente, cantaria um certo senhor Caetano; "Enquanto pobres patetas professam seu ódio ideológico a ilha, o mundo gira, a lusitana roda, e a unidade latino-americana caminha. E o povo cubano, e não Fidel apenas, vai marcando com cores vivas o seu papel na marcha singular da história" 


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