Pesquisar este blog

domingo, 4 de setembro de 2011

Páginas da História de Esperança


Banda de Música de Esperança
via História Esperancense de Rau Ferreira em 04/09/11

Filarmônica 1o. de Dezembro - década de 50

A tradição de uma filarmônica em Esperança é imemorial. Segundo consta, em tempos remotos denominava-se Música de Banabuyé e já existia em 1889 (Almanak Administrativo).
Aliás, aos 24 de janeiro daquele ano noticiava A Gazeta do Sertão que a filarmônica havia sido convidada para tocar na vila de Alagoa Nova, onde ocorreu um desagradável evento. Um cidadão daquelas paragens resolveu perturbar o ensaio da música sendo preso pelo Delegado Paulino Rodrigues Pinto e encaminhado ao Juiz Municipal Joaquim Eloy Vasco de Toledo.
Há notícias de que esta banda tenha tocado também em Areia e Remígio. Assim diz o jornal “O Democrata”:


Terminou a primeira festa da Padroeira, Nossa Senhora do Patrocínio. A novena correu animadíssima, sobretudo nas últimas noites. No dia da festa houve missa cantada, e procissão à tardinha. Foi imenso o concurso de fieis. A excelente banda de música de Esperança, ali tocou, agradando geralmente” (14/11/1894, grifo nosso).


Pelo histórico concluímos que a sua organização se deve ao professor Joviniano Sobreira, que mantinha uma aula de música na cidade com alunos ilustres, a exemplo de Silvino Olavo e do próprio filho Elysio. Este cidadão faleceu em 1905, na cidade de Campina Grande. Mas pelo visto, a semente da música permaneceu no nosso município tanto que, em 1910, a banda era regida pelo maestro Cidalino Pimenta (foto), segundo o fascículo Música: orquestras e bandas da Paraíba, editado pelo jornal A União.



Banda de Esperança, regência Cidalino Pimenta

Institucionaliza em 1925 com a nossa emancipação e reaparece em 1927 regida pelo Maestro Pedro Lúcio, apresentando-se em dias cívicos e festivos e funcionando como Escola de Música para jovens.

No ano de 1973, ela foi regulamentada pela Lei Municipal nº 274. E em de 1983, ganhou o primeiro lugar da Gincana Cultura “Descubra a Paraíba”, executando o hino popular da capital paraibana - Meu sublime torrão -, sob a regência do major José Alves Filho.
Fazem parte da sua história músicos como José Luiz e Joaquim Soldado.


Rau Ferreira


Fonte:
- CÂMARA, Epaminondas. Datas Campinenses. Ed. Departamento de Publicidade: 1947;
- CÂMARA. Epaminondas. Os alicerces de Campina Grande: esboço hitórico-social do povoado e da vida, 1697-1864, 3ª Edição. Livraria Moderna;
- ESPERANÇA, Livro do Município de. Ed. Unigraf: 1985;
- O DEMOCRÁTA, Jornal. Areia, 14 de novembro. Parahyba do Norte: 1894;
- PARAHYBA, Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Estado da. Anno II. José Francisco Moura (Org.). Parahyba do Norte: 1899;
- RIBEIRO, Domingos de Azevedo. Música: orquestras e bandas da Paraíba. Coleção História da Paraíba em Fascículos. A União Editora: 1997;
- SERTÃO, Gazeta do. Órgão democrático. Campina Grande, 31 de Janeiro. Parahyba do Norte: 1890;
- SILVA FILHO, Lino Gomes (da). Síntese histórica de Campina Grande, 1670-1963. Ed. Grafset: 2005;- SOUZA, Inácio Gonçalves de. Esperança e sua gente. Esperança/PB: 1994.
História Esperancense - http://historiaesperancense.blogspot.com Conteúdo protegido pela Lei de Direitos autorais (Lei nº 9.610/98)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.