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O cidadão chega em casa cansado após um tempo considerável no transporte público lotado e em péssimas condições depois de um longo dia de trabalho. Ao ligar a televisão, depara-se com um jornal que é para "Hommer Simpson ver". Rede Globo ainda pensa que o povo é burro. Ledo engano.
Faltando menos de uma semana para as eleições municipais em todo o país, a referida emissora veiculou no programa de horário nobre do telejornalismo da casa a carta suja escondida na manga. Ao notar que o Partido dos Trabalhadores cresceu e muito nessa eleição, a Globo foi truculenta em mais uma de suas artimanhas.
O que muito me faz rir é o alarde que o plim plim fez há pouco tempo falando sobre sua linha editorial, que eram pela objetividade, imparcialidade e outras balelas do gênero. Ora! Antônio Gramsci já dizia que viver é tomar partido. Não é errado deixar claro o posicionamento político-ideológico do veículo. O que causa repulsa é essa brincadeira de faz-de-conta. As organizações Roberto Marinho fazem um jornalismo "mauricinho, certinho e engravatado" manipulando fatos, omitindo muitos outros para que se possa distorcer a notícia ao bel-prazer dos interesses daqueles que defendem. São uma ínfima parcela da sociedade, quantidade centesimal que representa todo poder aquisitivo e político conservador do país. Esses são os verdadeiros senhores de alguns meios de comunicação. Eles mandam e desmandam. Vide a relação de Carlinhos Cachoeira e a Revista Veja.
Fidel Castro disse algo que vem bem a calhar. Como vinham cogitando na mídia internacional que ele estivesse agonizando, El Comandante soltou o verbo: "Mesmo que muitas pessoas no mundo ainda sejam enganadas pelos órgãos de informação, quase todos controlados por privilegiados e ricos que publicam essas bobagens, o povo crê cada vez menos nelas" e disparou sem medo que a imprensa é o "galinheiro de propaganda imperialista".
Segundo a mitologia grega, Prometeu roubou o fogo sagrado do Olimpo para entregá-lo aos homens. Pois é. As redes sociais estão cumprindo o papel desse herói mítico, já que os demais meios de comunicação de massa furtam-se a desempenhar a função de descortinar a verdade dos acontecimentos e levar isso à sociedade. Através dessas novas mídias e sua convergência, os compartilhamentos de links concretizam a possibilidade de que um contingente muito maior de pessoas possam ter acesso a determinadas informações. Isso se dá em uma escala maior do que seria através do rádio, da televisão, jornais e revistas, por exemplo.
Chamada de quarto poder, a imprensa só o será de fato a partir do momento em que defender os interesses do coletivo, do que é público. Enquanto servir de ferramenta para joguetes políticos, para fortalecer outras instâncias, continuará sendo somente uma mera representação barata e folhetinesca de jornalismo. É por essas e outras que necessitamos de uma regulamentação que divida isonomicamente as fatias do bolo comunicacional que hoje concentram-se nas mãos de algumas famílias que mantêm esse monopólio com punhos de ferro e padrinhos para sustentá-los.
Por isso é que pedimos #RegulaDilma!
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