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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Aos partisans da integralidade

Notas reflexivas do Senhor C.:


"Díficil definir, quando muito compreender ou perceber, se valendo de um arsenal discursivo, teórico, epistêmico e práxico oriundo dos fundamentos científicos do XIX, cujos rumos nos terrenos biológico, químico e físico foram centrados em termos de fragmentar, dissecar, delimitar, classificar e ordenar serialiades, um objeto complexo como a integralidade: este remete ao todo, ao conjunto inteiro, unívoco, nunca partido, fragmentado, dividido, classificado, cindido. Eis o dilema maior da integralidade que se persegue. É um objeto para o qual desprezamos as ferramentas capazes de iluminar suas facetas poliédricas, sem estilhaçá-las em mil pedaços. Díficil dissemos, poderíamos dizer impossível a tarefa de explicar a integralidade, de apreendê-la e praticá-la, se estamos armados de uma propedêutica adversa, obsoleta aos nossos propósitos, ainda que se revele muito útil aos propósitos que queremos negar ou superar."

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