A ex-Ministra e Senadora Marina Silva escreve para o Jornal Folha de São Paulo e, no dia de hoje, aborda o resultado da CONFERÊNCIA RIO + 20, como ela mesma diz, "com a visão tolhida pela proximidade dos fatos".
Marina Silva apresenta uma grande dificuldade em analisar situações políticas ( E o Meio Ambiente é política pura) como elas são, e não como gostaria que fossem. Fica bem, é perfeitamente compreensível "cores barulhentas" e busca de "perfeição" quando isso vem dos movimentos sociais, mas não no caso da ex-ministra, que para além do seu "ativismo ecológico", transita dentro da política e sabe muito bem como são decididas as questões que envolvem o poder e o dinheiro.
Marina Silva sabe muito bem que a crise econômica por que passam os Estados Unidos e a Europa, interferiu de forma pesada no sentido de brecar avanços na questão ambiental. Sem o desemprego, sem o rombo nas contas públicas, sem os Bancos quebrando, EUA e EUROPA teriam mais espaço para ceder em algumas das propostas de sustentabilidade. RÚSSIA, CHINA E ÍNDIA, possuem governos que apostam tudo no chamado "desenvolvimento" a qualquer preço, relegando essa mesma sustentabilidade ao patamar possível de ser conciliado com seu objetivo maior.
A distância entre "os povos e os Estados" acontece na Rio + 20, como acontece nas ruas de Atenas, ou em Moscou, como aconteceu sempre em relação a outras situações de vital importância para países, seus povos e para o Planeta como um todo. O dia em que "povo e governo" estiverem em perfeita sintonia, viveremos no "PARAÍSO". Cabe aqui um AVISO: Vai demorar para acontecer.
A ex-Ministra e ex-candidata à presidência da República do Brasil, comete ainda equívoco, ao cobrar do governo brasileiro uma ação mais "incisiva" para conseguir um "texto final" que não "decepcionasse". Quem acompanhou a Conferência com "olhos de ver", anotou o esforço que nossa Diplomacia fez para elaborar um Relatório que fosse aceito por todos os governos, contendo avanços e compromissos que eles estivessem no mínimo dispostos a cumprir.
Soa como crítica fácil e fala de oposicionista, a cobrança de Marina Silva em relação a postura do governo brasileiro na RIO + 20. Eu tenho respeito pela ambientalista que ela é, comungo com seus ideais de preservação e sustentabilidade, mas, é forçoso reconhecer que, muito difícil é a MISSÃO de fazer todo o Planeta pensar e agir de comum acordo.
Marina Silva parece esquecer que não conseguiu tarefa muito mais simples, a de conciliar os seus interesses com os correligionários do PV, que ela acabou por deixar.
Comentário do Senhor C.:
- Nesta minha longa vida, só conheci um lugar onde povo e governos viviam em harmonia. Nas páginas de um livro de um senhor chamado Thomas Morus, e que se chamava, justamente, A Utopia.
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