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domingo, 10 de junho de 2012

Seriam Deleuze e Guattari pouco relevantes?




Críticas recentes – entre as quais se destacam as de Alain Badiou, Slavoj Zizek e Peter Hallward – questionam profundamente a utilidade política do pensamento de Deleuze e Guattari. Para esta reação à influência adquirida por ambos na última década e meia, os autores de O Anti-Édipo seriam ou anti-políticos ou, mesmo que contra sua vontade, apologistas do capitalismo neoliberal. Tais críticas, ao invés de serem simplesmente descartadas, devem nos servir de oportunidade para considerar os riscos efetivos, em que interpretações favoráveis a Deleuze e Guattari por vezes também incorrem, de fazer o pensamento de ambos funcionar desta maneira. É preciso, portanto, repensar a relação entre atual e virtual e os demais dualismos da obra de Deleuze e Guattari (molar/molecular, macro/micropolítica, desterritorialização/reterritorialização) não apenas a fim de reconstruir o sentido original da intervenção política empreendida por eles, como para trazer à luz a maneira como eles ainda hoje podem oferecer elementos essenciais para o engajamento com situações políticas concretas.



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