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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Da série: pra pensar!!!

Reproduzo uma informação crucial do Blog do Nassif:

O Brasil teve, em 2009, a 22ª carga tributária no mundo. Dos países que tinham carga tributária maior que a nossa, 14 eram países desenvolvidos europeus.

 O país mais rico do mundo, a Noruega, tinha carga tributária de 43,6% e arrecadou 25 mil dólares per capita. O Brasil tinha carga tributária de 38,4% e arrecadou 4 mil dólares PPC per capita.

Gostaria que os liberais mostrassem como fazer o milagre de se ter serviços de 25 mil dólares arrecadando 4 mil.



Comentário do Senhor C.:


- Ainda me incomoda muito o mantra liberal de redução da carga tributária a qualquer custo, alegando, de forma distorcida, que o brasileiro paga uma das mas altas cargas de impostos e que o governo - esse sócio invisível de todos nós - nos faz trabalhar cada vez mais dias do ano somente para os impostos. Pois é, nada mais falacioso do que esta simplificação de argumentos. Ocorre que a maior parte dos impostos pagos vão justamente custear a previdência social, a saúde e a educação. Todas elas políticas sociais universalistas, isto é, voltadas para a garantia de um direito de cidadania sem particularidades ou exceções. O que querem os liberais na defesa de uma brusca redução de impostos? A resposta pode soar por demais óbvia, mas é de uma crueldade indelével: simplesmente inviabilizar políticas sociais redutoras da desigualdade social, garantidoras de vida e potenciais indutoras da mobilidade social.

Uma forma de pensamento que quer uma sociedade para poucos, para os bem nascidos, para os mais iguais, e remete os excluídos do banquete capitalista, simplesmente, para as sobras da mesa. - Se não têm pão, que comam brioches! Apenas isso!

Não vemos na proposta liberal nenhum argumento em prol do aprimoramento das contas públicas, da melhora dos mecanismos fiscalizatórios do Estado pela sociedade civil, e do estímulo à própria participação cidadã nos mecanismos de representação parlamentar. Como se vé, um diagnóstico que só preza por denunciar as facetas mais evidentes de um problema complexo; fingindo não existir nem reconhecer que a questão da carga tributária envolve toda a tessitura de uma sociedade moderna, humana e justa!

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