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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fragmentos dos diários perdidos do Senhor C.



A sensação lhe chegou como de costume! Parecia velha hóspede a se instalar em seu peito e dilacerar seu coração. E ali estava ele de novo possuído por ela. Como das outras vezes parecia completamente perdido sobre o que fazer. Nessas horas mais parecia o eterno menino que apregoava existir dentro de si. Mas do que exatamente uma atitude, era seu lema de ação. Quase sempre mantinha acesa a chama da fantasia e da esperança vã que habita os corações e mentes dos que são jovens e imaturos. Era uma espécie de devir a que se entregava com ímpeto e denodo. Tudo nele parecia fluir como uma pena de pássaro flui espetacularmente solta ao vento. Entregue a circunvoluções em ritmo, mas sem direção, num desenfreado ir e vir.




Provavelmente escrito na permanência do Senhor C. na estação de águas localizada no topo da Montanha Mágica, e especializada no tratamento de moléstias pulmonares, quando teve contato com o misterioso Senhor J. Pollock.



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