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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Contra os pestilentos costumes que ignoram nosso folclore.



Não se trata de abraçar aqui nenhuma causa 'nacionalista', assim entre aspas para remeter àqueles que usam este termo para rotular como antiquados e anti-modernos os que tentam defender o espaço, a cultura e a identidade nacional das invasões bárbaras. Não há aqui, nenhuma xenofobia, nenhum sentimento anti-estrangeiro. Mas, é inegável que se pode identificar e questionar o abuso corrente que, junto com a difusão do ensino do inglês, vem sendo perpetrado contra nossos mitos e ritos folclóricos.

Folclore, que como o nome sugere e diz, trata de uma fração das manifestações de um povo transmitidas, principalmente, de forma oral, pelo jeito de contar histórias e lendas, com crianças reunidas em torno de um adulto: papel este ocupado outrora por nossos avós, e atualmente por nossas babás. Não há espaço no universo mental destes personagens, portanto, para as histórias de bruxas e outros monstrengos. Estes são seres habitantes de um universo histórico que remonta às crenças e superstições dos valores e ritos anglo-saxões.

A nós, brasileiros, sincretizou-se um conjunto de histórias e lendas que reúne a longa tradição moura da Península Ibérica, dos escravos trazidos da África e dos habitantes naturais da Terra Brasilis, ao tempo que foi encontrada pelos navegantes portugueses. Aqui há lugar para Sacis, Iaras, Mães d"Água, e também Mouras Tortas, ao lado de lendas sobre deuses brincalhões e outros personagens como o famoso conto do Negrinho do Pastoreio.
Quem quiser consultar este universo terá um bom exemplo na obra de Monteiro Lobato e seu Sítio do Picapau Amarelo. 

Por isso, devemos lamentar e reagir contra esta profusão de festas de Halloween, que nada tem a ver com a ancestralidade de nossos jovens, nem com nossa história.

Contra Halloween, apoio o encantamanto do Saci Pererê. Contra "diabruras ou gostosuras" e fantasias que não tem nada a ver conosco, proponho o encantamento de contar histórias em noites enluaradas a beira de um bom fogão de lenha, deixando a imaginação da criançada correr solta nas labaredas e sombras que lá estão.
Halloween?! Aqui não dá!



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