O Enem, sua metodologia e os vazamentos
Os itens que compõem a prova do ENEM são todos testados previamente. A metodologia da Teoria de Resposta ao Item se baseia num pré-teste, a fim de estabelecer parâmetros sobre cada item, como por exemplo dificuldade, interdisciplinaridade, capacidade de discriminar.
Um item com boa capacidade de discriminação o é porque a maior parte dos estudantes que vão bem no teste (nota agregada) o respondem corretamente, e a maior parte dos estudantes que vão mal o respondem incorretamente.
Calibrar uma prova, levando em conta os parâmetros citados, e outros mais, só é possível através de simulados de ENEM aplicados ao longo do ano em colégios do país afora. Admira que isto ainda seja surpresa, mas é impossível aplicar a metodologia da TRI e também o sigilo absoluto dos itens.
Contraponto 1: não estava previsto que professores pudessem fotocopiar cadernos de questões dos simulados. Tem que fiscalizar quem menos se desconfia.
Contraponto 2: na escolha de questões para a prova, é recomendável uma distribuição geográfica uniforme dos itens que a comporão. Com todas as letras, se há um erro do INEP, foi o de tirar 14 itens de um simulado aplicado em uma escola. Espera-se que, abolido o sigilo absoluto, não seja dado a conhecer a um grupo de potenciais candidatos, por pequeno que seja, o conhecimento sobre parte significativa da prova.
Se algum leitor aqui achou difícil estas explicações, fica fácil entender porque ainda não li em nenhum jornal sobre a impossibidade do sigilo absoluto no ENEM.
O que querem o procurador cearense e seus aliados do sul? Querem a continuação do vestibular como etapa da educação, porque não há escândalo... Mas escândalos podem ser fabricados. A ameaça maior do ENEM foram as palavras do ministro Haddad: em 10 anos, acaba o vestibular no Brasil. O que farão os colégios particulares, os cursinhos e as próprias divisões de concursos dentro das universidades?
Os itens que compõem a prova do ENEM são todos testados previamente. A metodologia da Teoria de Resposta ao Item se baseia num pré-teste, a fim de estabelecer parâmetros sobre cada item, como por exemplo dificuldade, interdisciplinaridade, capacidade de discriminar.
Um item com boa capacidade de discriminação o é porque a maior parte dos estudantes que vão bem no teste (nota agregada) o respondem corretamente, e a maior parte dos estudantes que vão mal o respondem incorretamente.
Calibrar uma prova, levando em conta os parâmetros citados, e outros mais, só é possível através de simulados de ENEM aplicados ao longo do ano em colégios do país afora. Admira que isto ainda seja surpresa, mas é impossível aplicar a metodologia da TRI e também o sigilo absoluto dos itens.
Contraponto 1: não estava previsto que professores pudessem fotocopiar cadernos de questões dos simulados. Tem que fiscalizar quem menos se desconfia.
Contraponto 2: na escolha de questões para a prova, é recomendável uma distribuição geográfica uniforme dos itens que a comporão. Com todas as letras, se há um erro do INEP, foi o de tirar 14 itens de um simulado aplicado em uma escola. Espera-se que, abolido o sigilo absoluto, não seja dado a conhecer a um grupo de potenciais candidatos, por pequeno que seja, o conhecimento sobre parte significativa da prova.
Se algum leitor aqui achou difícil estas explicações, fica fácil entender porque ainda não li em nenhum jornal sobre a impossibidade do sigilo absoluto no ENEM.
O que querem o procurador cearense e seus aliados do sul? Querem a continuação do vestibular como etapa da educação, porque não há escândalo... Mas escândalos podem ser fabricados. A ameaça maior do ENEM foram as palavras do ministro Haddad: em 10 anos, acaba o vestibular no Brasil. O que farão os colégios particulares, os cursinhos e as próprias divisões de concursos dentro das universidades?
Túlio Carvalho
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