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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Péssima e mentirosa

Um filhote legítimo da privataria que assolou o país

A privatização no governo FHC é cantada em prosa e verso por um monte de viúvas do neoliberalismo. Dizem que ela modernizou o país, tirando das costas do Estado empresas ineficientes, custosas, verdadeiros cabides de emprego, e passando-as à "iniciativa privada", que, como estamos cansados de saber, é supercompetente, só pensa no bem-estar do freguês e coisa e tal.
No mundo real, pelo menos, nada funcionou como esperavam os gênios tucanos idealizadores da "privataria".
O Brasil tem hoje uma das mais tarifas telefônicas mais caras do mundo, os serviços são péssimos, o atendimento ao consumidor é uma piada.
As estradas "ultramodernas" que foram concedidas cobram pedágios estratosféricos, ninguém fiscaliza os absurdos que motoristas sem consciência fazem usualmente, os acidentes com feridos e mortos são uma constante.
E a distribuição de energia elétrica, então?
Não sei o que ocorre fora da grande metrópole paulistana, mas tomando como exemplo o trabalho da AES Eletropaulo, que deveria ser uma das melhores do país, imagino como a coisa anda.
Essa Eletropaulo, não tenho dúvida disso, é uma das piores empresas do mundo.
Nesta madrugada bastou uma ventania com chuva para que o fornecimento de energia ficasse interrompido no região do bairro em que moro, no Butantã, por cerca de cinco horas.
Em outubro, foram dois dias de queda no fornecimento. No total, mais de um dia inteiro sem luz.
Uma delícia!
Na conta de outubro, vejo que no campo "Indicadores de Qualidade do Serviço" a Eletropaulo me informa que naquele mês não houve nenhum mísero segundo em que fiquei sem energia elétrica no meu apartamento.
Devo ter sonhado, então.
Ou então - não é que eu queira acusar ninguém - a AES Eletropaulo, além de ser uma empresa que não investe em manutenção, que tem equipes insuficientes de atendimento às emergências, que não gasta o suficiente em ampliação da linha, que não poda as árvores que derrubam os fios elétricos etc e tal, ainda é m-e-n-t-i-r-o-s-a.
Não dá para imaginar que o Brasil tenha algum futuro melhor com concessionárias de serviços públicos essenciais desse nível.

by Cronicas do Motta.



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