Alguns leitores têm ficado curiosos - quem é Silvino Olavo?. Outro dia, um visitante destas mal traçadas páginas me recomendou as seguintes notas informativas.
"Vejam o que se disse sobre Silvino Olavo.
Não poucos foram os escritores que comentaram as obras de Silvino Olavo, poeta esperancense (1891-1969). Desde o seu amigo e colega de redação Samuel Duarte, até ilustres paraibanos como José Lins do Rego.
As suas obras, longe de serem polêmicas, causavam sempre um affair pelo tom poético e cultural que girava em torno de seu autor.
Na “Revista de Língua Portuguesa”, há a seguinte anotação:
“O autor de Sombra Iluminada, Silvino Olavo, embora mais variado na inspiração de suas poesias, não tem também nenhuma nota vibrante e forte. É igualmente um melancólico. Todo o seu livro se faz de meios tons de uma suavidade encantadora” (p. 124).
E numa outra passagem lemos:
“Em versos, pelo menos, Silvino Olavo não manifesta outro sentimento” (p. 124).
E ainda sobre “Sombra Iluminada”, encontramos:
“Quem sabe se esse estímulo que sente Silvino Olavo, não lhe vem de certo instincto divinatório?” (Os de hoje: figuras do movimento modernista brasileiro, p. 254).
E no livro de Joacil Pereira:
“muitos dos iniciantes desse tempo áureo da nossa publicística, vários deles inteligências primorosas, dentre tantos, Silvino Olavo da Costa que feneceu de súbito após girar, como meteoro, o espaço percorrido com Cisnes e Sombra Iluminada;” (p. 127).
Enquanto Eduardo Martins ressalta as dificuldades de se publicar um livro:
“Francisco Souto falou-me na possibilidade de pedir um crédito especial para editar as obras de Silvino Olavo. Tudo dependerá dos recursos disponíveis...” (p. 58).
Dulce Mascarenhas comenta:
“A Silvino Olavo, Chiacchio chama de 'contemplativo sentimental', louvando-lhe os versos” (p. 68).
E Pedro Calmom (1902-1985), escreve em suas memórias:
“Silvino Olavo, cujos versos, n'A Época, o elevavam aos cimos do Parnaso...” (p. 105).
E mais adiante ele acrescenta:
“poetas, como Silvino Olavo e Rego Monteiro, abriram para o firmamento, e nós para a erudição. Ganhávamos no meio acadêmico o respeito que a precocidade impunha” (p. 117). Por fim, escreve “Quanto a turma... Nela adquiri, com o livro de contos publicados em 1923 por Monteiro Lobato, o conceito de escritor precoce. Alguns colegas quiseram me por orador da formatura. A maioria indicava Silvino Olavo, que além de poeta inspirado tinha a vantagem de não ser aluno transferido. Surgiu aí a conciliação: Silvino o orador” (p. 132).
Estas são as impressões que diversos autores extraíram do poeta e intelectual Silvino Olavo; apresentando-nos como um homem culto e de uma mente brilhante".
Rau Ferreira
Fontes:
- Jornal “A União”, janeiro de 1928. Acervo da Biblioteca Municipal “Dr. Silvino Olavo”;
- FERREIRA, Rau. Silvino Olavo. Esperança/PB. Epgraf: 2010;
- GURJÃO, Eliete de Queiróz, Morte e vida das oligarquias. Editora Universitária, Universidade Federal da Paraiba, 1994;
- VITOR, Nestor. Os de hoje: figuras do movimento modernista brasileiro. Editora Cultura Moderna, 1938, p. 254;
- PEREIRA, Joacil. José Américo de Almeida: a saga de uma vida. Editora Instituto Nacional do Livro, 1987, p. 127;
- MARTINS, Eduardo. A União: jornal e história da Paraíba, sua evolução gráfica e editorial. 2ª Edição, Editora s.n., 1977, p. 58.
História Esperancense - http://historiaesperancense.blogspot.com Conteúdo protegido pela Lei de Direitos autorais (Lei nº 9.910/98)
"Vejam o que se disse sobre Silvino Olavo.
Não poucos foram os escritores que comentaram as obras de Silvino Olavo, poeta esperancense (1891-1969). Desde o seu amigo e colega de redação Samuel Duarte, até ilustres paraibanos como José Lins do Rego.
As suas obras, longe de serem polêmicas, causavam sempre um affair pelo tom poético e cultural que girava em torno de seu autor.
Na “Revista de Língua Portuguesa”, há a seguinte anotação:
“O autor de Sombra Iluminada, Silvino Olavo, embora mais variado na inspiração de suas poesias, não tem também nenhuma nota vibrante e forte. É igualmente um melancólico. Todo o seu livro se faz de meios tons de uma suavidade encantadora” (p. 124).
E numa outra passagem lemos:
“Em versos, pelo menos, Silvino Olavo não manifesta outro sentimento” (p. 124).
E ainda sobre “Sombra Iluminada”, encontramos:
“Quem sabe se esse estímulo que sente Silvino Olavo, não lhe vem de certo instincto divinatório?” (Os de hoje: figuras do movimento modernista brasileiro, p. 254).
E no livro de Joacil Pereira:
“muitos dos iniciantes desse tempo áureo da nossa publicística, vários deles inteligências primorosas, dentre tantos, Silvino Olavo da Costa que feneceu de súbito após girar, como meteoro, o espaço percorrido com Cisnes e Sombra Iluminada;” (p. 127).
Enquanto Eduardo Martins ressalta as dificuldades de se publicar um livro:
“Francisco Souto falou-me na possibilidade de pedir um crédito especial para editar as obras de Silvino Olavo. Tudo dependerá dos recursos disponíveis...” (p. 58).
Dulce Mascarenhas comenta:
“A Silvino Olavo, Chiacchio chama de 'contemplativo sentimental', louvando-lhe os versos” (p. 68).
E Pedro Calmom (1902-1985), escreve em suas memórias:
“Silvino Olavo, cujos versos, n'A Época, o elevavam aos cimos do Parnaso...” (p. 105).
E mais adiante ele acrescenta:
“poetas, como Silvino Olavo e Rego Monteiro, abriram para o firmamento, e nós para a erudição. Ganhávamos no meio acadêmico o respeito que a precocidade impunha” (p. 117). Por fim, escreve “Quanto a turma... Nela adquiri, com o livro de contos publicados em 1923 por Monteiro Lobato, o conceito de escritor precoce. Alguns colegas quiseram me por orador da formatura. A maioria indicava Silvino Olavo, que além de poeta inspirado tinha a vantagem de não ser aluno transferido. Surgiu aí a conciliação: Silvino o orador” (p. 132).
Estas são as impressões que diversos autores extraíram do poeta e intelectual Silvino Olavo; apresentando-nos como um homem culto e de uma mente brilhante".
Rau Ferreira
Fontes:
- Jornal “A União”, janeiro de 1928. Acervo da Biblioteca Municipal “Dr. Silvino Olavo”;
- FERREIRA, Rau. Silvino Olavo. Esperança/PB. Epgraf: 2010;
- GURJÃO, Eliete de Queiróz, Morte e vida das oligarquias. Editora Universitária, Universidade Federal da Paraiba, 1994;
- VITOR, Nestor. Os de hoje: figuras do movimento modernista brasileiro. Editora Cultura Moderna, 1938, p. 254;
- PEREIRA, Joacil. José Américo de Almeida: a saga de uma vida. Editora Instituto Nacional do Livro, 1987, p. 127;
- MARTINS, Eduardo. A União: jornal e história da Paraíba, sua evolução gráfica e editorial. 2ª Edição, Editora s.n., 1977, p. 58.
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Agradecemos ao Dr. Aciole pelas palavras elogiosas a nosso respeito como também a publicação deste humilde artigo de nossa autoria. Ficamos gratos e sendo leitor assíduo, esperamos ansiosos pelas publicações da poesia e SOL.
ResponderExcluirCordialmente,
Rau Ferreira
Blog HE