A Chevron desviou a perfuração do poço acidentado no campo do Frade para a "beira" do campo de Roncador e agora o vazamento é da Petrobras?
O jornal O Globo diz que a “ANP informa vazamento da Petrobras a 500m do Campo do Frade”.
Vazamento da Petrobras?
A Chevron e – mais grave ainda – a ANP jamais informaram a distância da perfuração onde ocorreu o acidente do limite do campo do Frade, contíguo aCampo do Roncador, onde a Petrobras, sem registro de acidentes, há mais de dez anos.
Esta é uma das perguntas que o deputado Brizola Neto fez ao presidente da Chevron, em novembro passado e que, até agora, está sem resposta.
Sabe-se que o ponto onde ocorreu o acidente, pelos próprios diagramas exibidos pela Chevron (veja a foto mostrada pelo presidente da empresa) , estava a mais de três quilômetros do ponto onde se situava a plataforma da Transocean operada pela petroleira americana, e que esta plataforma estava a quatro quilômetros do limite entre os campos.
Tanto que a mancha do vazamento da Chevron foi avistada não pela tripulação de sua plataforma, mas pela de uma plataforma da Petrobras, localizada no campo de Roncador.
Mas ninguém quis saber e os órgãos oficiais jamais divulgaram, formalmente, estes dados.
O vazamento,ao que tudo indica, é do bolsão de petróleo que se formou na extensão de poço sem revestimento que a Chevron perfurava ali.
Ou, pior ainda, resultado de uma vedação tardia e inadequada, do poço acidentado.
Mas, infelizmente, o relatório da ANP sobre os erros da Chevron na perfuração, entregue à empresa americana, continua “sigiloso”, à espera que a petroleira apresente sua defesa.
É interessante essa inovação jurídica de ser sigiloso um documento público, sobre um assunto de interesse público.
A Petrobras, quando tem problemas, informa à opinião pública, sem subterfúgios, como ocorreu no derramamento de dez litros – o equivalente a um balde – de água poluída por óleo.
Já os milhares de barris de petróleo da Chevron podem ficar na obscuridade.
Dizer que se está esperando o “DNA” do petróleo, para saber de qual campo vazou é irrelevante.
O vazamento que aparece no apartamento 202, depois de um desastre no apartamento 302, é óbvio.
Vai para a conta da Petrobras, que é boa de apanhar, uma Geni da mídia.
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