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quarta-feira, 16 de maio de 2012

O cerco a Gurgel: Vem aí mais um impeachment?

Por Diogo Costa, no Luis Nassif Online

Comentário no post "A avaliação jurídica e política da atitude Gurgel"

Não há estratégia nenhuma na omissão do Prevaricador Geral da República. Há apenas a desídia no cumprimento de suas funções. Gurgel mentiu e prevaricou. Sentou em cima da Operação Vegas e não solicitou uma diligência sequer, não arquivou (a pedido da polícia federal) e, pior ainda, fez tudo isso sem nenhuma motivação formal, sem nenhum despacho oficial que justificasse seus atos! A Operação Monte Carlo surgiu através de um pedido do ministério público de Goiás, logo, não tem absolutamente nada a ver com essa tal de "estratégia" do sr. Gurgel. Se dependêssemos do Prevaricador Geral da República, a Operação Vegas estaria sumariamente arquivada e a Operação Monte Carlo nunca, jamais teria sequer existido...

Não adianta dourar a pílula... E que estória é essa de que a CPMI não pode convocar o Roberto Gurgel? Que coisa mais ridícula. A CPMI tem poderes para convocar qualquer cidadão brasileiro a participar de suas investigações. Ninguém está acima da lei e tampouco pode se excusar de comparecer na CPMI. Se Gurgel não estivesse sob fortíssima suspeição de inépcia ou acumpliciamento com o crime organizado, a CPMI nem estaria cogitando de convocá-lo...

Que palhaçada é essa de misturar o "mensalão" com as investigações em curso na CPMI? Isso só interessa ao Prevaricador Geral da República, à mídia venal e à oposição fracassada e sem rumo. Qualquer ser humano com mais de dois neurônios sabe que o processo do "mensalão" já terminou há muito tempo. As alegações finais do MPF sobre esse processo foram entregues ao STF no dia 07 de julho de 2011. Há mais de 10 meses que é impossível modificar, suprimir, acrescentar ou alterar qualquer parte do processo do "mensalão". Os autos do processo estão prontos e acabados. Todos os réus entregaram também as suas respectivas alegações finais ao STF. Os ministros do STF já leram e releram esse processo mais de uma vez. Todos já formaram as suas convicções, a maioria já tem até o seu voto preparado para a maioria dos réus... Então, repito, que palhaçada é essa de imaginar que a convocação do Prevaricador Geral da República irá influenciar nos rumos do julgamento do "mensalão"? Só a mídia venal e os néscios veem essa inexistente e falaciosa conexão.

A CPMI receberá as explicações por escrito do sr. Gurgel. Em sendo precárias, tem o dever de convocá-lo para depor na Comissão. Permanecendo a precariedade legal das informações, caracterizar-se-á o crime de prevaricação e aí, não restará ao senado outra alternativa que não seja abrir um processo de impeachment contra Roberto Gurgel.



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