Miguel do Rosário
Mais um membro da oposição levou um tombo. Dessa vez, porém, não foi na Cachoeira, mas no Twitter. Roberto Freire, presidente do PPS, levou a sério uma piada do site G17, que acusava Dilma de mandar substituir a inscrição Deus seja Louvado por Lula seja Louvado nas cédulas de 50 reais. O caso virou febre no Twitter por motivos óbvios. Não é todo dia que se flagra um político cometendo um erro tão idiota. O caso de Freire tem um agravante: não é um erro inocente, mas motivado por uma maneira de fazer política ancorada no ódio, no preconceito, num fanatismo partidário às avessas (um antipetismo doente).
Essa cultura do ódio definitivamente não é democrática e não faz bem à saúde das pessoas. O ódio de Freire causa cegueira ideológica e, como se vê, bloqueia a inteligência. Em suas desculpas, Freire expõe, para quem quiser ver, a origem de sua imbecilidade política:
Ao dizer que “tudo pode ser verdade” , Freire apenas revela que não possui senso crítico. Qualquer informação ou denúncia que seja negativa para o campo político adversário, ele a tomará como verdade. Alguém que analise seu twitter, ficará horrorizado em ver que ele gasta grande parte de seu tempo destilando rancor na internet. Obviamente, recebe o troco. Militantes políticos rebatem, e o deputado então passa o dia inteiro envolvido no esporte de xingar seus detratores.
Apesar do pano de fundo dessa história ser uma piada, há um lado sério. Freire promove a generalização burra do “lulodilmismo”. Ele não faz um debate político qualificado. Restringe-se a pintar uma caricatura grosseira de seu inimigo. Acabou por fazer uma caricatura de si mesmo, e se tornar motivo de chacota. Bem feito.
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