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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ao artista que a mídia ignorou no SWU: Zé Ramalho





Comentário do Senhor C.:

Difícil classificar um artista como Zé Ramalho. Já tentaram cataloga-lo como artista regional nordestino. Já tentaram acopla-lo a uma suposta filiação com o bardo judeu-americano Robert Zimermman. E o próprio compositor quase se deixou laçar por esta identidade, afirmando-se uma espécie de Bob Dylan da caatgina. Esforço inútil. Zé Ramalho é singular. Zé é Zé, e nenhum Bob.
Regional e cosmopolita a um só tempo. Sua música é, por isso mesmo, atemporal. E não cabe em verbetes de enciclopédias, ou em taxonomias pretensamente críticas. Vale a pena conferir com este 'biscoito fino' que é Canção Agalopada. Em plena terça-feira cinzenta (alusão a outra de suas composições) que se derrama em chuva miúda, é música repleta de imagens míticas, versos grandiloquentes e fluxo narrativo aparentemente sem curso e sem sentido. Afinal, foi um tempo que o tempo não esquece! E nem poderia, pois prefere o galope soberano a loucura do mundo se entregar.

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