do Tijolaço.com:
Sai o Prêmio Esso de Jornalismo, entra o “Prêmio Chevron-Texaco” de copiação de press-releases.
Foi preciso que a agência Reuters furasse toda a imprensa nacional e publicasse a declaração do diretor da ANP Florival Carvalho de que a Chevron é a responsável pelo vazamento de petróleo no Campo de Frade e que o derrame é consequência direta de um poço que estava sendo perfurado pela Chevron-Texaco e que ele deverá ser cimentado e vedado.
Muito bem, já é alguma coisa.
Mas falta muito ainda para saber.
A começar por sabermos qual deles será lacrado, pois são três poços que sendo simultaneamente perfurados pela mesma plataforma Sedco 706 – aquela que o Wall Street Journal chamou de obsoleta e “motel marítimo” em 2008.
Como assim, três poços simultâneos?
É que a Chevron-Texaco, para fazer economia, está fazendo perfurações “de batelada”. Isto é, cava uma seção de um poço, tampa, cava a seção inicial de outro, faz o mesmo e vai para um terceiro, para voltar, na mesma sequência, para cada fase posterior de perfuração.
Não tenho condições técnicas de afirmar se isso agrega risco, posque o equipamento de perfuração é retirado e movido. Mas que, nos mapas da ANP não encontramos nenhuma outra petroleira que use este método é algo que você pode conferir aqui. E, da mesma forma, como no destaque que a gente reproduz, pode-se ver que são atribuídas quatro perfurações à Sedco 706, uma concluída e três em andamento simultâneo, segundo dados do dia 3 de novembro passado.
Continuamos não sabendo qual foi o poço, a que profundidade estava, se tinha tido contato com petróleo antes e, sobretudo, se foi a injeção de fluidos pressurizados que provocou a fissura no solo e se o simples tamponamento do solo irá fazer com que pare de vazer óleo pela rachadura.
Então a rachadura se deu a partir da parede do poço? Neste caso, não tem nada a ver com falha geológica. E como, se o povo deveria estar revestido e cimentado entre a rocha e o tubo de aço, conforme está previsto no plano de exploração da Chevron Texaco?
Aliás, além da assessora Heloisa Marcondes que disse na quinta-feira que o vazamento era “um fenômeno natural”, a imprensa ouviu algum diretor da Chevron?
A falta de empenho da empresa brasileira na apuração do acidente é um acinte ao jornalismo e ao interesse público.
Há cinco dias, só se publicam press-releases.
Sai o Prêmio Esso de Jornalismo, entra o “Prêmio Chevron-Texaco” de copiação de press-releases.
Foi preciso que a agência Reuters furasse toda a imprensa nacional e publicasse a declaração do diretor da ANP Florival Carvalho de que a Chevron é a responsável pelo vazamento de petróleo no Campo de Frade e que o derrame é consequência direta de um poço que estava sendo perfurado pela Chevron-Texaco e que ele deverá ser cimentado e vedado.
Muito bem, já é alguma coisa.
Mas falta muito ainda para saber.
A começar por sabermos qual deles será lacrado, pois são três poços que sendo simultaneamente perfurados pela mesma plataforma Sedco 706 – aquela que o Wall Street Journal chamou de obsoleta e “motel marítimo” em 2008.
Como assim, três poços simultâneos?
É que a Chevron-Texaco, para fazer economia, está fazendo perfurações “de batelada”. Isto é, cava uma seção de um poço, tampa, cava a seção inicial de outro, faz o mesmo e vai para um terceiro, para voltar, na mesma sequência, para cada fase posterior de perfuração.
Não tenho condições técnicas de afirmar se isso agrega risco, posque o equipamento de perfuração é retirado e movido. Mas que, nos mapas da ANP não encontramos nenhuma outra petroleira que use este método é algo que você pode conferir aqui. E, da mesma forma, como no destaque que a gente reproduz, pode-se ver que são atribuídas quatro perfurações à Sedco 706, uma concluída e três em andamento simultâneo, segundo dados do dia 3 de novembro passado.
Continuamos não sabendo qual foi o poço, a que profundidade estava, se tinha tido contato com petróleo antes e, sobretudo, se foi a injeção de fluidos pressurizados que provocou a fissura no solo e se o simples tamponamento do solo irá fazer com que pare de vazer óleo pela rachadura.
Então a rachadura se deu a partir da parede do poço? Neste caso, não tem nada a ver com falha geológica. E como, se o povo deveria estar revestido e cimentado entre a rocha e o tubo de aço, conforme está previsto no plano de exploração da Chevron Texaco?
Aliás, além da assessora Heloisa Marcondes que disse na quinta-feira que o vazamento era “um fenômeno natural”, a imprensa ouviu algum diretor da Chevron?
A falta de empenho da empresa brasileira na apuração do acidente é um acinte ao jornalismo e ao interesse público.
Há cinco dias, só se publicam press-releases.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.