Acidente ao lado do “motel marinho” da Chevron
(colhido junto ao Tijolaço.com)
A plataforma Sedco 706, alugada pela Chevron, sendo usada, segundo o Wall Street Journal. como "motel marinho" para outra plataforma no Mar do Norte, em 1999.
O que está acontecendo no vazamento de óleo junto ao poço da Chevron, no Campo de Frade, ao largo do Rio de Janeiro tornou-se, como ontem determinou a presidenta Dilma Rousseff, um caso de investigação e de duras providências.
Ontem, a gente já destacava que a história tem muitos pontos estranhos.
O Campo de Frade, um dos mais produtivos do Brasil, foi descoberto pela Petrobras em 1986, ams só declarado comercial pela ANP em 1998, um ano antes de seu controle ser transferido, numa operação conhecida como “farm-in” , para a Chevron.
Lá, o petróleo ocorre em profundidades de cerca de 3 mil metros e, mesmo estes, tiveram de ser desviados, durante suas perfurações, e o estudo de impacto ambiental previaque todos eles seriam revestidos durante a perfuração, para evitar a penetração do óleo nas falhas geológicas.
Elas estão registradas aqu, no relatório apresentado pela Chevron ao Ibama: “o poço 3-TXCO (Texaco-Chevron)-3D foi perfurado contíguo com o 4-TXCO-2D. Devido às
dificuldades técnicas e à proximidade da falha, foram perfurados 3 desvios(sidetracks) neste poço “.
Porque a Crevon, com um horizonte de perfuração bem-sucedido a 3 mil metros contratou uma sonda com capacidade de perfurar até 7.600 metros de profundidade, alugando por US$ 315 mil dólares dia. Muito abaixo do preço das modernas sondas.
O Wall Street Journal descreve, em 2008, a plataforma Sedco 706, que opera na área do acidente em Frade e tem hoje 35 anos de idade, como um equipamento que “não era adequado para modernas perfurações em águas profundas. Não era mesmo a ser utilizado para perfurar mais. Ela estava atracado no Mar do Norte, ligada a outro equipamento por uma passarela. Foi um quarto de dormir flutuante para os trabalhadores do petróleo, uma espécie de motel marinho”.
Até agora não temos informações básicas, sobre a profundidade em que se fazia a perfuração e sobre o que está sendo feito para deter o vazamento.
Ou a empresa estava fazendo uma prospecção na camada do pré-sal e aconteceu a infiltração no solo dos reservatórios superiores do pós-sal ali presentes?
So o que se sabe é que a Chevrom depois de ter minimizado o episódio – e dizer que ele seria um fenômeno natural - a quantidade de admitida pela empresa agora chega a 100 mil litros de óleo - ou 104 metros cúbicos – o que já não é nenhuma “gotinha”, sobretudo se considerarmos que, vindo o vazamento do solo ocêanico , a mais de um quilômetro de profundidade, o derramamento vai exigir dias para ser detido.
A história está mal-contadíssima e não parece haver sinais de que teremos aqui empenho da imprensa em esclarecer.
(colhido junto ao Tijolaço.com)
A plataforma Sedco 706, alugada pela Chevron, sendo usada, segundo o Wall Street Journal. como "motel marinho" para outra plataforma no Mar do Norte, em 1999.
O que está acontecendo no vazamento de óleo junto ao poço da Chevron, no Campo de Frade, ao largo do Rio de Janeiro tornou-se, como ontem determinou a presidenta Dilma Rousseff, um caso de investigação e de duras providências.
Ontem, a gente já destacava que a história tem muitos pontos estranhos.
O Campo de Frade, um dos mais produtivos do Brasil, foi descoberto pela Petrobras em 1986, ams só declarado comercial pela ANP em 1998, um ano antes de seu controle ser transferido, numa operação conhecida como “farm-in” , para a Chevron.
Lá, o petróleo ocorre em profundidades de cerca de 3 mil metros e, mesmo estes, tiveram de ser desviados, durante suas perfurações, e o estudo de impacto ambiental previaque todos eles seriam revestidos durante a perfuração, para evitar a penetração do óleo nas falhas geológicas.
Elas estão registradas aqu, no relatório apresentado pela Chevron ao Ibama: “o poço 3-TXCO (Texaco-Chevron)-3D foi perfurado contíguo com o 4-TXCO-2D. Devido às
dificuldades técnicas e à proximidade da falha, foram perfurados 3 desvios(sidetracks) neste poço “.
Porque a Crevon, com um horizonte de perfuração bem-sucedido a 3 mil metros contratou uma sonda com capacidade de perfurar até 7.600 metros de profundidade, alugando por US$ 315 mil dólares dia. Muito abaixo do preço das modernas sondas.
O Wall Street Journal descreve, em 2008, a plataforma Sedco 706, que opera na área do acidente em Frade e tem hoje 35 anos de idade, como um equipamento que “não era adequado para modernas perfurações em águas profundas. Não era mesmo a ser utilizado para perfurar mais. Ela estava atracado no Mar do Norte, ligada a outro equipamento por uma passarela. Foi um quarto de dormir flutuante para os trabalhadores do petróleo, uma espécie de motel marinho”.
Até agora não temos informações básicas, sobre a profundidade em que se fazia a perfuração e sobre o que está sendo feito para deter o vazamento.
Ou a empresa estava fazendo uma prospecção na camada do pré-sal e aconteceu a infiltração no solo dos reservatórios superiores do pós-sal ali presentes?
So o que se sabe é que a Chevrom depois de ter minimizado o episódio – e dizer que ele seria um fenômeno natural - a quantidade de admitida pela empresa agora chega a 100 mil litros de óleo - ou 104 metros cúbicos – o que já não é nenhuma “gotinha”, sobretudo se considerarmos que, vindo o vazamento do solo ocêanico , a mais de um quilômetro de profundidade, o derramamento vai exigir dias para ser detido.
A história está mal-contadíssima e não parece haver sinais de que teremos aqui empenho da imprensa em esclarecer.
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