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terça-feira, 7 de junho de 2011

Deleuzianas III

Los grandes filósofos son también grandes estilistas. El estilo, em filosofía, es el movimiento del concepto. Claro está que el estilo no existe fuera de las frases, pero las frases no tienen otro objeto que darle vida, una vida independiente. El estilo es una forma de variación lingüística, una modulación y una tensión de todo el lenguaje hacia el Afuera. Ocurre en filosofía como en las novelas: hay que preguntarse qué es lo que va a suceder o qué ha pasado, sólo que los personajes son los conceptos y los ambientes, los paisajes, son espacio-tiempos. Se escribe siempre para dar vida, para liberar la vida allí donde está presa, para trazar líneas de fuga


Trecho extraido de Sobre a filosofia. In: Deleuze, Gilles, Conversaciones. Tradução de José Luiz Pardo. 2 Ed. Valencia: Pré Textos, 1996.

Comentários do Senhor C.

- Chegamos, enfim, a questão do estilo. Um filósofo, que agora sabemos que é um criador permanente de conceitos, deve ter igualmente estilo. Deve ser um produtor de conceitos em movimento, isto é, conceitos vivos. E que, por isso, se beneficiarão de uma ordenação de seus fluxos, de linhas de fuga. Por serem fluxo, serem linhas, devem ter modulados suas intensidades, suas conexões; do contrário, não dirão nada, ou melhor, não desencadearão afetos e ações. Antes, estarão mais próximas de ser um palavrório refinado, culto, porém inepto, morto, com cheiro e gosto de naftalina. Um filósofo é, por isso mesmo, ou deve ser segundo a concepção deleuziana, uma antena estética de seu tempo, dialogando com ele em pensamentos de efeito, formulando conceitos cotidianos, que se movem na densa contradição de todo dia.





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