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terça-feira, 7 de junho de 2011

Fragmentos dos diários perdidos do Senhor C.



"As vezes, não consigo compreender como as pessoas estão sempre se deixando atordoar pelo cultivo de sentimentos egocentristas, que as leva a desenvolver um certo desprezo pelo coletivo e pelo respeito a seus semelhantes. Da observação das atitudes de muitos seres humanos, no cotidiano e em torno dele, percebo que o Homem mergulha, cada vez mais, na profundidade de um egoísmo que, muitas vezes, chega a parecer inerente à própria condição humana. Entretanto, não esmoreço em confiar que, ao contrário do egoísmo, é do cultivo de outros valores humanos como a humildade, o respeito ao próximo, a confiança e o amor ao outro, que poderá a humanidade emergir do caos em que parece cada vez mais se enfiar.


Não consigo conceber a felicidade individual! Como pode alguém viver tranquilo e feliz sabendo da existência de fome, misériia, e exploração ao seu redor. Precisa a sociedade corrigir seus defeitos,m as acredito que esta tarefa será sobejamente facilitada quando em cada indivíduo germinar um broto de contínua evolução e aprimoramento de personalidade, que advém do cultivo de bons propósitos, urbanidade, sociabilidade, e de valores como justiça, bondade e comportamento reto e eticamente irreprovável.. Desenvolvimento centrado numa base de tolerância e humildade, e perfeita integração com os outros seres humanos, pois que somos todos uma coisa só. No entanto, a grande maioria se põe em paralisia, a interrogar: mas como isto será possível?"





Comentário provavelmente escrito numa manhã ensolarada, enquanto o Senhor C. caminhava resoluto, a enfrentar o açoite do vento gelado e rodopiante que soprava das montanhas geladas do Nepal, em direção às savanas russas.


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