Notas de leitura do Senhor C.:
As kantinanas anteriores nos pareceram necessárias, e suficientes, para entender que é, justamente utilizando aqueles elementos comentados aqui, que são organizados por Kant numa espécie de equação para estabelecer relações de aproximação e de comparação entre as artes belas, definindo-as em termos de uma maior ou menor adequação para os fins de estimularem a produção de juízos reflexivos e contribuírem ao entendimento.
Neste caso, ao fazer isto, Kant estabelece indiretamente uma tipologia dos gênios, posto que relaciona as artes belas entre si, com base ora na sua dependência total ou parcial da ação do gênio; e na medida em que estabelece comparações entre a influência das artes belas na cultura e no estimulo ao ânimo geral; e, finalmente, na medida em que apresenta diferenciações em relação às diferentes influências que as artes belas exercem na comunicabilidade, isto é, na ligação comunicativa das dimensões subjetivas presentes no homem, pois o objetivo é a dimensão própria da ciência.
Talvez estejamos, enfim, prontos para entender, e aceitar a - por que não? - taxonomia que Kant elabora na sua argumentação sobre as relações entre as artes e, mais ainda, na comparação do valor estético das artes entre si?
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