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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Deleuzianas II

La filosofía no es comunicativa, ni tampoco contemplativa o reflexiva: es creadora, incluso revolucionaria por naturaleza, ya que no cesa de crear conceptos nuevos. La única condición es que satisfagan uma necesidad y que presenten cierta extrañeza, cosa que sólo sucede cuando responden a problemas verdaderos. El concepto es lo que impide que el pensamiento sea simplemente una opinión, un parecer, una discusión, una habladuría.


Trecho extraido de Sobre a filosofia. In: Deleuze, Gilles. Conversaciones. Tradução de José Luiz Pardo. 2 Ed. Valencia: Pré Textos, 1996.



Comentário do Senhor C.

- Na continuidade de sua concepção da Filosofia como parideira de conceitos, seu argumento é claro. A filosofia é criadora, revolucionária, e não cessa de criar conceitos novos. Mas aparece aí uma alusão que me afeta sobremaneira: trata-se de criar conceitos para problemas verdadeiros. Tarefa essencialmente imanente, nunca transcendente ou metafísica.


Onde estarão, porém, os problemas verdadeiros? Decerto não na caverna platônica, ou refugiados em algum recôndito da alma, mas entranhados no solo, ora fértil, ora ressecado, da trama diária da vida cotidiana. É o que parece sugerir quando saúda que, agindo assim, ou seja, criando conceitos para problemas reais, a filosofia nunca será uma conversa, um proclamação, uma discussão sem fim, ou mesmo um mero palavrório em busca de quem o entenda.

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