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domingo, 5 de junho de 2011

Muito além de um poema - III



CISNE BRANCO

O cisne branco nada sobre o lago
Rola tão leve que nos causa mágoa
e a sua sombra, refletindo n'água
rola tão leve com um sonho vago

E, assim, rolando, num prestígio magro,
o espírito parece da Mãe d'água
- ouço-lhe a voz e, intimamente, afago-a
como o que mais mereça meu afago

Ah essa voz que canta, e depois cala
Ah essa voz que a mim, somente, fala,
como a Nereide o búzio suas mágoas

Amo essa voz, porque essa voz suave
é a voz de minha dor, que em forma de ave,
vai rolando e cantando sobre as águas.

Silvino Olavo.



Um comentário:

  1. Mais uma vez compareço neste diário eletrônico para dar-lhe os parabéns por divulgar a harmoniosa poesia de SILVINO OLAVO; espero sempre ver estes versos publicados aqui e igualmente deliciar na poética do Lírio Verde da Borborema.

    Att.

    Rau Ferreira
    blog HE
    http://memoep.tk

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