Outro dia, recebi de um jovem poeta, a seguinte mensagem:
A LEI DO SILÊNCIO
Nada é possível se permanecemos calados?
Como ficar entregues a pensamentos inomináveis?
É difícil se imaginar assim quietos no meio do som?!
Quem diria?
No meio do som estamos sempre indo embora
Preenchidos e invadidos pela melodia que ocupa tudo
tímpanos, cérebro, nossa alma, nós, em desatino andante
Os automóveis nas ruas atropelam notícias
E nem se importam com o que possa ter sobrado
Mas se pudessem sentir e contar, diriam:
(sabem todos os que preferem o entorpecimento dos sentidos
que as máquinas parecem proporcionar)
- Viva o ronco, viva o ruído,
viva o ensurdecedor barulho de todas as vozes
Que nada dizem e se atravancam ao tentar
o mergulho coletivo no vale profundo
Que sempre começa quando se escolhe calar!
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