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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Deleuzianas VI


Esta otra manera de leer se opone a la precedente porque relaciona directamente el libro con el Afuera. Un libro es un pequeño engrenaje de una maquinaria exterior mucho más compleja. Escribir es un flujo entre otros, sin ningún privilegio frente a esos otros, y que mantiene relaciones de corriente y contracorriente o de remolino con otros flujos de mierda, de esperma, de habla, de acción, de erotismo, de moneda, de política, etc. Como Bloom: escribir con una mano en la arena y masturbarse con la otra (¿en qué relación se encuentran esos dos flujos?).



Trecho extraído da Carta a um crítico severo. In: Delleuze, Giles. Conversaciones. Tradução de José Luiz Pardo. 2 Ed. Valencia: Pré Textos, 1996.




Comentários do Senhor C.

- Mais uma vez, o recurso a termos que soam um pouco deslocados, mas que parece ser uma atitude largamente utilizada pelo nosso autor. Merda, esperma, secreções, aliás, são termos que estão presentes nos primeiros trechos do Anti-Édipo. Há, todavia, que reconhecer a coerência entre ler um livro para sodomiza-lo, e a idéia que faz o autor da tarefa de escrever como um fluxo vital, uma relação. Se para ele, o escrever é um ato fisiológico que, como fluxo, se conecta, ou ainda mais profundamente, é da própria dinâmica vital, que assim como pensa e escreve, pulsa, respira, secreta e expele, e é um mesmo corpo que o faz. Pensar a escrita como vida em fluxo, talvez guarde mesmo total coerência com a idéia de sodomizar um livro: um ato, enfim, da natureza do homem, que ele faz com seu corpo no corpo de outro. E tome fluxo vital!





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